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SAÚDE
Coleta de sangue por aférese otimiza doação

Data da notícia: 2017-03-29 10:51:13
Foto: Jeferson Mota/Divulgação
Equipamento faz separação das plaquetas durante a doação

(Da Redação) Doação por aférese. O nome pode parecer estranho, mas as vantagens desse tipo de doação são muitas. De acordo com a gerente técnica da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron), Carola Hurtado, com essa metodologia é possível extrair de um único doador volume e quantidade de plaquetas idênticas a de seis a oito e em alguns casos até 10 doadores em uma doação tradicional.

O sangue é composto de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plasma e plaquetas, mas são as plaquetas as responsáveis pelo controle de hemorragias. Na doação por aférese, por uma máquina coletora, os componentes do sangue são separados por centrifugação, quando é feita a coleta seletiva direcionada às plaquetas e os demais componentes voltam para o doador.

‘‘Quem recebe plaquetas nunca precisa só de uma unidade, a não ser que seja um recém-nascido. Geralmente é preciso de quatro a oito unidades de plaquetas para o tratamento do paciente’’, afirmou a gerente.

Em uma doação de sangue tradicional, para o tratamento de um paciente seria preciso envolver até 10 doadores diferentes.

‘‘Não podemos esquecer que existe uma janela imunológica [período em que o organismo já está infectado, mas ainda não produz anticorpos suficientes para serem detectados nos testes da triagem sorológica], isso é mundial, não só do nosso estado. Com a aférese, nós deixamos de expor o paciente para oito doadores diferentes’’, assinalou.

Quanto menos doadores envolvidos, mais segura se torna para o paciente a doação. ‘‘E para o doador a recuperação é muito mais rápida. Inclusive em até 72 horas ele pode retornar a fazer a doação, esse é o nosso protocolo interno e ele consegue salvar mais vidas e o paciente se expõe a menos pessoas’’, destacou.

Na terça-feira (28) e quarta-feira (29), profissionais da Fhemeron e do Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho, participam de capacitação sobre captação por aférese. Na Fhemeron, esse tipo de coleta diferenciada já é utilizado há mais de cinco anos e os profissionais vêm sendo capacitados para melhorar o desempenho da técnica.

‘‘A Fhemeron, enquanto banco de sangue, vai melhorar e ampliar o atendimento para doadores na coleta de plaquetas conforme a metodologia aférese’’, garantiu a gerente.
No Hospital de Base, o curso vai dar base para a implantação da aférese terapêutica pela própria equipe do hospital, uma vez que o tratamento já era realizado, mas pela equipe da Fhemeron.

A consultora da empresa responsável pela máquina de coleta por aférese, enfermeira Mônica Torres, veio de São Paulo para capacitar os profissionais para o uso do equipamento. ‘‘O estado tem um instrumento de ponta na mão, tanto atende a doadores como a pacientes. No caso do Hospital de Base, é direcionado a pacientes que precisam fazer plasmaférese, leucaférese, então ao invés de mandarem o paciente para outro estado, vocês têm equipamento para isso’’, disse a enfermeira.

Participam do treinamento 12 profissionais das áreas de serviço social, enfermagem e médicos.

Fonte: Vanessa Moura – Assessoria






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